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Mostrando postagens de outubro, 2020

Poema "Rotina"

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  Rotina  Dormir quando quer  Trabalhar, só por prazer  Ser dona do seu tempo  Fazer sexo quando seu corpo pedir  Amor, se tiver sorte  Deitar no chão frio da sala, em dia de verão, para assistir à tv  Esquecer-se do tempo, fazendo poesia  Apaixonar-se ouvindo “Scorpions”  Comprar flores  Cuidar do jardim e aprender com o ciclo das plantas, vida e morte  Perceber o vento circulando pela casa  E tu, onde estás que não te vejo? Lairte, Serrinha/BA, out/2020.

Poema "Transcendo"

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  Transcendo  Toalha branca sobre a mesa  Meu espírito está em paz  Nenhum perdão a pedir  Nenhuma mágoa a guardar  Luz por toda a casa  Chegou o tempo da felicidade completa,  sem boicotes  Pois compreendo que ela sempre esteve aqui comigo, mas a mente confusa  Não conseguia compreender, nem identifica-la, tão pouco usufruir dela  Visto-me daquela luz  Transcendo  Visito espiritualmente minha mãe, irmãs. Estão bem. Descansando da vida de outrora. Muitas vezes falam em meu nome  Com amor, eterno e incondicional  Volto para meu lar  Tranquila  Adormeço.  Lairte, Serrinha/BA, out/2020.

Pintura "Aquarela 4". outubro/2020. Lairte.

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Crônica "Ah, os homens!"

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            Ah, os homens!               Por que os homens, mesmo estando muito bem acompanhados, entortam seus pescoços para olhar outras mulheres? Que magia é essa, mandinga, sei lá mais o quê, que o feminino exerce sobre o masculino... nós bem o sabemos: é a desarrazoada testosterona que os enlouquece, ignora a melhor educação recebida, e por alguns instantes os faz perder toda a noção de perigo...           Compreendo essa tragédia anunciada desde os tempos de nossos pais, avós... E, sabendo que nada vai mudar esse comportamento machista, vou andar sempre prevenida, carregando um lenço para oferecer limpar a “baba” da criança crescida que parece ter avistado um algodão doce, um pirulito, e lembrarei, também, dos óculos escuros, para disfarçar minha vergonha, ou risos – neste momento da vida estou mais para rir, rir muito desse ser extraterrestre, com cabeça (e mais) nas nuvens, num desequilíbrio físico e emocional, de quem, até aquele momento era o lado objetivo e equilibrado da re

Poema "Estratégia"

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 Estratégia  Faço charme, crio personagens  Para que a vida se apresente mais interessante  Fingindo assim, vou enganando o mal-estar da existência Despistando-o  Numa guerra consensual e diária  Para conseguir ver as cores ao redor  Usufruir de tantos prazeres que aquele não me permitiria  Hei de vencê-lo, pois já conheço suas armas. Criei também as minhas  São muitas versões de mim mesma, dispostas a formar um exército se for preciso  Em defesa da minha paz.  Lairte, Serrinha/BA 2020.

Poema "Fazer Poesia"

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  Fazer Poesia  Comunicar em poucas linhas  Poucos Versos  Poucas palavras  Sentimentos, momentos da vida  Com Poesia  Se assim acontece, minha felicidade logo transborda em chás de fim da tarde com meus leitores,  Numa conexão perfeita  Dentro de uma atmosfera que exala perfume de alecrim, alfazema  E envoltos em todo o glamour que a poesia encerra em mim.  Lairte, Serrinha/BA 2020.

Poema "Sou o Agora"

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 Sou o agora  Liberto-me dessa perda de tempo  Desse sofrimento  Em busca de sentido para tudo  Tudo, é o que temos agora, mais nada.  Estou liberta para viver a vida, até que esta me deixe um dia.  Lairte, Serrinha/BA 2020.

Poema "Meu Trem"

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 Meu trem  Tenho tanta ânsia em viver que me atropelo  Arre! Para que tanta pressa, se essa ansiedade não adianta meus passos para o futuro,  Mas apenas acelera meu coração  Descarrilhado  Depois vem a tristeza por ter chegado antes de mim.  Lairte, Serrinha/BA 2020.

Poema "Bizunga"

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  Bizunga  Canto de pássaros  Memórias de infância  Vida cheia de cores e flores  Água da fonte  Não imaginava que tantas fogueiras iria saltar  Tantas lutas, travar  Onde estavam as outras trilhas, que não vi  Quais os caminhos que perdi  Os amores que não vivi  Vem bizunga, revisitar-me! Diz-me que não perdi tudo  Que as outras trilhas e amores só existem na minha imaginação, poderia ter sido pior...  Vem trazer apenas o doce néctar do que vivi  O que não vivi, definitivamente não existiu, a não ser no campo da utopia, em que se formulam ideais de vidas tão perfeitas que só servem a atrapalhar minha felicidade.  Lairte, Serrinha/BA 2020.

Poema "Amor Fraternal"

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  Amor Fraternal   Ofereço-te a paz desejada  O descanso sagrado e fraternal  Já fizestes muito por mim  Mais que podias, noutros tempos  E mais do que mereço agora  Devolvo-te teu espaço para recriares tua história  Pois se ainda tão cheias de vida, tão cheias de ti  Não te entregues ao tempo sem nenhum sabor  Desmanchas-te devagar, aproveitando tudo que sempre foi teu de direito  Esqueces de tudo o mais  Entrego aqui a tua Carta de Alforria  Adormeci por longos anos, nem percebia a muleta na qual me apoiava, gastando-a, envelhecendo-a, ano após ano  Mas, ainda bem que acordei. Perdoa-me por somente agora acordar  Fiquei presa por tempo demais na “Terra de Peter Pan”.  Lairte, Serrinha/BA 2020.

Poema "Como Estrelinhas no Céu"

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  Como Estrelinhas no Céu   Quem é este ser iluminado  Que corre ao meu abraço, como se gente fosse, pedindo colo   Tão pequenina, tanta graça traz  Corre para um lado e pra outro, arrastando lençóis, sacode almofadas e  Até boneca tem! De onde vem tanto poder de sedução, tanta magia   Será uma estrelinha que caiu do céu ? Ah, Bolinha de algodão! tanta saudade deixa... Basta que passe uma semana longe  Para se saber o que é o amor.  Lairte, Serrinha/BA 2020.

Poema "Dou-te a Minha Liberdade"

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  Dou-te a Minha Liberdade  Conduza-me, decida por mim  Estou cansada de tanta autonomia  Dou-te a minha liberdade de escolha  Não me incomoda mais a submissão  Usei intensamente, exaustivamente todas essas prerrogativas de ser uma mulher moderna  Não é para mim  Quero ficar, apenas, com a melhor parte  Encontrar tudo feito e decidido, comprado e resolvido  Não me tortures com tanta liberdade, tanta leveza, porque me perco, desespero-me  Em troca, peço-te somente, que me envolva em teus braços  Não me soltes nunca mais.  Lairte, Serrinha/BA 2020.

Poema "Coragem menina!"

Coragem menina!   Quando fingimos ser quem não somos  A tristeza não tarda a chegar  Melhor deixar fluir teu ser interior na tua simplicidade  Mesmo que não sejas notada  Não precisas chamar a atenção para seres bela, importante, querida...  Ao contrário, sê tu mesma  O mundo está cansado de tanta superficialidade  Arruma-te para teu ser amado e para ti mesma  Se estás triste, sê triste  A tristeza pode ser tão bela em nosso semblante quanto um sorriso  Tanta resiliência exigida é que está nos matando Se não aguentas o peso, fala  Se não gostas, reflete, busca mudanças  Coragem menina! coragem para seres quem tu és!  Lairte Souza Serrinha/BA, abril/2020.

Poema "Engodo"

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  Engodo  Pó na face, como uma máscara teatral.  Cabelos dourados, tênis e boné – o disfarce perfeito  E os seus órgãos gritando, clamando serem auscultados! Irritabilidade, fisioterapias mil  Dorme uma, acorda outra: neurônios arrumando as malas para partir mais uma vez.  Levanta-se tropeçando, cambaleante,  vistas embaçadas  Numa catarse, sonha destruindo tudo que a aprisiona  INSS em pânico, Hospitais cheios, cheios de mulheres jovens e bonitas: cedo demais para suas aposentadorias!  Lairte, Serrinha/BA 2020.

"Encaixotando"

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  Encaixotando               Raquel arruma, mais uma vez, os seus pertences em caixas, para sua vigésima mudança.      Já trocou suas xícaras, seus lençóis, na tentativa de apagar os registros ali deixados, mas percebeu que tais lembranças carregava sempre com ela. Prometeu, então, a si mesma, que esta seria sua última jornada, pois cansaço foi o que lhe restou, e que, dali da nova casa “só mesmo para o crematório”.      Resolveu, resignada, aceitar os registros sobrepostos em camadas muito bem vividas; delicadamente, por cada evento cravadas; gentilmente estampadas dia após dia. Cuida de cada ação para fazer memórias positivas e poder carregá-las por aonde for.      Banha-se de chuva fina e gostosa.         Não esqueceu-se, porém, de deixar um espaço pequeno, bem pequeno mesmo, para os raios e trovões. Aceita-os, consciente de sua pequenez e impotência diante destes. Lairte  Serrinha/BA, 2020

"Um dia Comum" , acrílica sobre tela. 1997, Lairte.

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"Prazer", escultura, pedra sabão.1997 (particular) , Lairte.

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Eu me preparando para uma exposição realizada no Shopping Barra/Salvador-BA(organiz. querida profes. Nanci Novais-EBA/UFBA)1997

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"Prisioneiro de Si", escultura ,fibra de vidro. 1997/1998 (particular) , Lairte

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"sem título" , acrílica sobre tela.1997/1998 (particular), Lairte

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"Mistérios Femininos" , acrílica sobre tela. 1997/1998 (particular), Lairte

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" Espelho" , acrílica sobre tela.1997/1998 (particular), Lairte

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