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Mostrando postagens de fevereiro, 2021

Poema "Tuas Mãos me Atraem"

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  Tuas Mãos me Atraem   Tuas mãos cansadas me atraem Acompanho hipnotizada os seus movimentos Mãos arranhadas em muitas batalhas Linhas que contam histórias de amor, paixões, desilusões Mãos que sabem aconchegar, acariciar Driblam suas fragilidades com a própria experiência São belas, e só não enxerga sua beleza e sua linguagem Quem ainda tem pressa. E se as estende, um convite Se me tocam, tiram-me do chão.   Lairte Souza Serrinha/BA, fevereiro/2021.

Poema "Polinização"

  Polinização Vou roubar-te um beijo Como beija-flor arisco e veloz Suave, muito suave Longo e demorado, congelado no tempo Quando tu sentires eu já fui Fugindo por entre outras flores, outros jardins Prolongando as sensações daquele instante Em que o sol parece mais quente, mais brilhante E as flores vão se abrindo para receber o pólen   Lairte Souza Serrinha/BA, fevereiro/2021.  

Conto: "Pipe e a Feijoada"

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  Pipe e a Feijoada Dia de Festa na casa da avó de Pipe, menino adorável e esperto. Num quintal imenso, cheio de árvores, ele brincava com outras crianças, pequeninas como ele, de dois ou três aninhos, em volta das tias e avó, a qual preparava uma panela grande de feijoada, ali mesmo no chão, em cima de tijolos e fogo a lenha, algo bonito de se ver, principalmente para Pipe, atento aos movimentos e ao trabalho daquelas, cozinhando num caldeirão mágico, próprio das estórias de bruxas que ele ouvia ou assistia à TV. Muitas folhas verdes, um punhado de cominho, sal e outras especiarias eram jogados dentro daquele caldeirão. Ele observando tudo, então, quis participar, ajudar naquela tarefa: agachou-se, encheu a mão de areia e correu até o tacho, numa velocidade tão grande que não deu tempo ninguém perceber a tragicomédia iminente. Abriu a mãozinha e jogou a terra dentro da feijoada! Único almoço do dia. Era tarde demais quando viram. Feijoada perdida... Uma bronca injusta ao olhar d