"Saudade"
Saudade Vejo sua imagem, outrora altiva e elegante, como uma miragem trêmula, estremecida sob o sol amarelado, quase laranja, do fim da tarde. Ele caminha lentamente, passos cansados, deita seu corpo esgotado num banco de madeira. Que vida! Que destino! Volta!... E eu apanho o teu chapéu que o vento derrubou! Sento no teu colo e ponho teu chapéu de volta, tua vida de volta. A tua existência tem muito mais sentido que a minha. Aquele teu cansaço agora é meu, com uma porção grande de desalento... Vem, deixa eu colocar teu chapéu de palha! Lairte Souza Serrinha/BA, abril/2021.