Crônica: O Relógio e o Calendário
Crônica: O Relógio e o Calendário
O relógio e o calendário já foram meus senhores por tempo demais! Corri
por longos anos para chegar no horário. Neste meu momento atual, correr nem pensar; nem
meu corpo permite mais. Diante de uma data festiva, lá ia eu me
atropelar para comprar algo para alguém, e se não comprova era visto como falta
de atenção, desafeto. Nunca gostei de datas comemorativas sendo empurradas goela
abaixo à Sociedade. Talvez porque nossos costumes (da minha família) eram
outros, como orações, pedindo saúde e proteção divina. Ademais o comércio criou
tantas datas especiais, que de especial não têm nada.
Cada dia mais vou me libertando dessas cobranças: simplesmente não me
incomoda mais o que pensem, ou a repercussão da minha ausência, até porque
nossa presença não é tão imprescindível assim. Na noite de Réveillon fico em casa, esperando o dia
seguinte em que as pessoas estão mais calmas, para eu ir a algum lugar. Hoje,
apenas pequenas reuniões me atraem, e com pessoas entre as quais existam afeto e
respeito mútuos.
Quando me aposentar, vou para aonde não existam calendários, nem o relógio a me acelerar, e somente a Natureza possa ditar as suas regras. Sair por aí explorando modos de vida, de sensações prazerosas e tudo mais que a liberdade pode nos proporcionar de positivo, se procurarmos atentos, e desejosos nos entregarmos!
Concordo totalmente, amiga! Tenho o mesmo desejo quando me aposentar... finalmente poder aposentar o relógio e o calendário!! Quero dormir quando sentir sono, levantar da cama quando me sentir disposta, comer quando tiver fome, sem me preocupar com hora disso, hora daquilo. poder ir à praia em plena terça-feira, porque deu vontade... nossa, será incrível rsrs... Ah, esse texto fantástico vai pro BiblioCanto!! Bjossss!!!
ResponderExcluirValeu, Kátia. Fique à vontade.
ResponderExcluir