Crônica: Lembranças de uma seca
Estes tempos atuais de seca fizeram minha mãe lembrar de fatos passados há muitos anos, momentos vividos com seus seis filhos (e grávida do sétimo) e com nosso pai Ioiô... Era noite quando Ioiô chegou do Açude do Quijingue com uma garrafa pela metade de água, coletada em meio à lama que tomou conta dos açudes e pequenos tanques da região onde moravam. Nesse momento tiveram que tomar uma decisão difícil e dura: sair da casa que construíram desde o casamento e onde criavam seus filhos, pois depois de perderem tudo que tinham de alimentação, agora era a água que faltava para beber. Os animais já haviam morrido de sede e se ficassem ali era o que iria acontecer com eles também. Então, nessa mesma noite, Ioiô já cansado de passar o dia caminhando à procura de um lugar provisório, teve que sair mais uma vez até a casa de um compadre para saber se lá adiante, na Fazenda Guanabara, já teriam ocupado o colégio, de propriedad
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